Nos X-Men, o gene X codifica uma proteína que por sua vez produz sinais químicos para todo o corpo, induzindo a mutações em outros genes. Ser um mutante é o resultado de uma cascata química muito radical.
Um grande exemplo são as mutações nos genes BRCA 1 e 2, genes cuja função é impedir o surgimento de tumores por meio da reparação de moléculas de DNA danificadas. Estes genes, portanto, são responsáveis pela nossa proteção ao aparecimento de cânceres.
O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais.
O BRCA1 e o BRCA2 são, portanto, genes que nos protegem do aparecimento de cânceres. Quando um desses genes sofre uma mutação, ele perde sua capacidade protetora, tornando-nos mais susceptíveis ao aparecimento de tumores malignos, nomeadamente câncer de mama, câncer de ovário e câncer de próstata.
p53 é um gene supressor tumoral, que codifica uma fosfoproteína nuclear que desempenha um papel importante no controle do ciclo celular, no reparo do DNA e na indução da apoptose.
O teste genético para pesquisa de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 é um exame que avalia a presença de mutações germinativas nestes genes através do sequenciamento de nova geração (Next Generation Sequencing, NGS).
Os mais importantes genes supressores de tumor associados com o câncer de mama são os citados, genes BRCA1 e BRCA2. Mulheres portadoras de mutações no BRCA1 possuem até 80% de chance de desenvolver câncer de mama, e até 60% de desenvolver câncer de ovário em sua vida.
Aproximadamente 20% dos casos de câncer de mama familiar estão associados a um dos genes de susceptibilidade hereditária para câncer de mama e ovário, BRCA1 e BRCA2.
Defeitos nos genes BRCA1 ou BRCA2 É uma parcela pequena, mas quando as mutações existem, os riscos de uma mulher desenvolver câncer na mama ou de ovário são grandes, variando entre 60% e 80%. Os genes BRCA1 e BRCA2 pertencem à classe de genes conhecidos como supressores de tumor.
O TP53 faz parte do grupo de genes conhecidos como supressores de tumor porque mutações que inativam esses genes contribuem para o processo tumoral. Variantes patogênicas no gene TP53 predispõem a vários tipos de tumores e causam da síndrome de Li-Fraumeni (LFS).
(Enem/2018) No ciclo celular atuam moléculas reguladoras. Dentre elas, a proteína p53 é ativada em resposta a mutações no DNA, evitando a progressão do ciclo até que os danos sejam reparados, ou induzindo a célula à autodestruição.
Um gene supressor de tumor é como o pedal de freio em um carro. Normalmente impede que a célula se divida rapidamente, assim como um freio impede que um carro ande muito rápido.
Embora as mutações em p53 causadoras de tumores tenham sido observadas primariamente em células somáticas, as mutações de p53 na linhagem germinativa são responsáveis por uma condição de câncer hereditário conhecido como síndrome de Li-Fraumeni (LFS).
O gene p53, considerado como o “guardião do genoma”, é uma proteína que evita a propagação de células geneticamente defeituosas, dentre todos aqueles reconhecidamente envolvidos nos processos de carcinogênese, é o de maior importância, pois este sofre mutação em mais de 50% de todos os cânceres humanos.
A p53 também ativa as vias de reparo do DNA. Finalmente, se não for possível reparar o DNA, a p53 aciona a apoptose. O efeito concreto das ações da p52 é impedir que o DNA danificado seja herdado, seja por reparar o dano ou por fazer com que a célula se autodestrua.
A p53 é ativada por danos no DNA e aciona a produção de um inibidor de Cdk, que se liga ao complexo Cdk-G1/ciclina S e o desativa. Isso interrompe o ciclo em G1 e impede que a célula entre na fase S, dando tempo para que o dano no DNA seja reparado.
Se os mecanismos do ponto de checagem detectam problemas com o DNA, o ciclo celular é interrompido e a célula tenta completar a sua replicação de DNA ou reparar o DNA danificado. Se o dano é irreperável, a célula pode sofrer apoptose, ou morte celular programada 2.
A proteína p53 desempenha um papel central na resposta celular que inclui a parada do ciclo celular permitindo o reparo do dano no DNA, ou indução da morte celular. A perda da função dessa proteína pode levar à proliferação celular desordenada, aumento da sobrevida da célula e resistência às drogas quimioterápicas.
Durante um tempo, acreditava-se que nada acontecia na célula entre o surgimento da célula e sua divisão. No entanto, nessa fase, a célula encontra-se em intensa atividade metabólica, sendo observado também o seu crescimento. A interfase é a fase mais longa do ciclo celular e dividi-se em três estapas: G1, S e G2.