Apesar de se parecer muito com a mandioca comum, também chamada de aipim ou macaxeira, a mandioca brava não pode ser consumida frita ou cozida, devido à alta quantidade de toxina presente nela.
Tanto a macaxeira quanto a mandioca brava podem apresentar pele branca ou rosada, caule verde ou rosado ou alguma característica semelhantes nas raízes. Esses dois tipos são bastante parecidos e não podem ser diferenciados a olho nu, precisando de uma análise laboratorial para quantificação do ácido cianídrico" diz.
Geralmente, a mandioca brava é a mesma que mais tarde se torna o polvilho, a farinha e a fécula, não sendo, portanto, aquela que encontramos nas feiras. Por esta característica ela também é conhecida como mandioca de indústria.
Segundo o médico gastroenterologista, Carlos Martins, a mandioca brava contém cianeto de hidrogênio (HCN), uma toxina termolábil e volátil, por isso, quando consumida sem o devido preparo pode levar até à morte.
As mandiocas consideradas bravas têm sabor amargo, e elevado teor de glicosídeos cianogênicos, e podem ser consumidas após o processamento. As consideradas mansas não têm sabor amargo, contêm baixo teor de glicosídeos cianogênicos e podem ser consumidas com ou sem qualquer processamento.
3 - Doce e brava A mandioca-brava (ou mandioca amarga) tem ácido cianídrico, que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol. A mandioca-doce, também chamada de aipim ou macaxeira, não precisa passar por esse tratamento térmico.
Uma ótima forma de tirar o amargo dos vegetais é deixá-los de molho em uma solução com água + vinagre ou suco de limão. Basta encher uma bacia com água da torneira e adicionar um desses ingredientes (sempre em menor proporção que a água).
Tais técnicas envolvem procedimentos como retirar a casca da mandioca, ralar a raiz, prensar a polpa resultante para retirar as toxinas, ferver a polpa para evaporar o ácido cianídrico, ou ainda fermentá-la para a produção de cauim, a bebida alcóolica tradicional nas sociedades indígenas do Brasil.
"Nas espécies de mandioca mais populares do Brasil, chamadas de Aipim ou Macaxeira, a concentração de ácido cianídrico é insignificante. Porém, uma espécie conhecida como mandioca brava possui uma quantidade maior desta toxina e, se ela não for bem cozida ou consumida crua, pode provocar uma intoxicação", disse.
HCN
Usa-se muito o ácido cianídrico na fabricação do plástico, corantes diversos, acrílicos, pesticidas (propriedade descoberta durante a Primeira Guerra Mundial), fertilizantes agrícolas e na extração de minérios como ouro e prata.
O cianeto de hidrogênio (HCN) é um composto químico em forma líquida abaixo de 78 °F (25,6 °), ou um gás incolor acima de 78 °F (25,6 °C), e é extremamente tóxico. É usado para fumigação, galvanoplastia, mineração, síntese química e produção de fibras sintéticas, plásticos, corantes e pesticidas.
Pode ser encontrado em algumas espécies de mandioca e em sementes de frutas como maçã, cereja, alperce, pêssego e amêndoas. Como se dá a ligação do HCN ?
O cianeto pode ser encontrado naturalmente em baixas concentrações no solo, na água e em vegetais, como a mandioca brava. As principais fontes de emissão antropogênica são a mineração, as indústrias químicas e de processamento de metais e a exaustão veicular.
O cianureto é encontrado na natureza em diversas plantas, como nas sementes lenhosas de algumas frutas, e em uma variedade da mandioca, vulgarmente chamada de mandioca-brava: uma planta sul-americana altamente tóxica quando in natura, mas sua raiz é muito consumida e apreciada na forma de farinha torrada, quando perde ...
KCN é produzido ao combinar cianeto de hidrogênio com hidróxido de potássio. Aproximadamente 50,000 toneladas são produzidas anualmente (a produção de cianeto de sódio é 10x esta quantidade). É eliminado mais eficientemente com peróxido de hidrogênio: KCN + H2O2 → KOCN + H2O.
Ação do cianeto no organismo: O íon cianeto reage na hemoglobina do sangue fazendo com que esse não transporte oxigênio aos tecidos, por isso é considerado uma substância hematóxica (que intoxica o sangue), acarretando em morte rápida.
"1-Coloque água do filtro (não usar água mineral alguma, nem refrigerante ou água tônica, em virtude de sua acidez) num copo pequeno; 2- Dissolva nela um grama, ou no máximo um grama e meia, de cianureto de potássio. (o uso de quantidade maior provocará a sensação de queimadura na garganta).
O nível de cianeto no sangue pode ser medido, mas que tomam tempo. Níveis de 0,5–1 mg/L são suaves, 1-2 mg/L são moderados, 2-3 mg/L são graves, e maior do que 3 mg/L, geralmente, resultar em morte. Se houver suspeita de exposição, a pessoa deve ser removida a partir da fonte de exposição e descontaminada.
A inalação de cianeto produz sintomas em poucos segundos e pode levar à morte por parada respiratória em minutos. Os sinais e sintomas dos casos leves incluem dor de cabeça, enjoo, tontura, ansiedade, respiração acelerada e pressão alta.
O cianeto liga-se avidamente ao íon férrico (Fe3 +) da citocromo oxidase a3, bloqueando a fosforilação oxidativa. A célula deve, então, mudar para o metabolismo anaeróbico da glicose para gerar ATP. O metabolismo anaeróbico leva à formação de ácido láctico e ao desenvolvimento de acidose metabólica.
As conseqüências para a saúde humana da exposição crônica ao arsênio incluem um aumento no risco de várias formas de câncer e numerosos efeitos patológicos, tais como doenças cutâneas (hiperpigmentação e hiperqueratose), gastro-intestinais, vasculares, diabetes melitus e neuropatias periféricas.
A ação tóxica do arsênio no organismo humano age de forma a inibir a respiração celular, podendo assim se observar um grande acúmulo deste composto nas mitocôndrias, desta maneira, causando o comprometimento generalizado das funções do metabolismo das proteínas oriundas do efeito de suas propriedades químicas muito ...
O arsênico "O elemento químico se chama arsênio, enquanto arsênico, talvez o mais famoso dos venenos, é o nome popular de um de seus compostos, o trióxido de arsênio — também conhecido como arsênico branco".
Esta molécula é instável e é rapidamente hidrolisada, formando o próximo intermédio do processo, 3-fosfoglicerato. Assim, a glicólise ocorre, mas a molécula de ATP que seria gerada a partir de 1,3-bisfosfoglicerato perde-se - o arseniato é uma desacoplador da glicólise, o que explica a sua toxicidade.
O Arsênio é considerado um veneno protoplasmático que exerce sua toxicidade através da inativação de cerca de 200 enzimas, em particular, aquelas envolvidas na produção de energia celular e as relacionadas à síntese e reparo do DNA.