Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose). A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o CO2. Para avaliar essa resposta compensatória, calcula-se o valor do pCO2 através da fórmula: pCO2 = [HCO3] + 15 ± 2.
Nas alterações compensadas o pH estará, frequentemente, ou acima ou abaixo de 7,40. Notar que o pH dentro da faixa normal é útil para se saber se a alteração original é uma acidose ou alcalose. O componente metabólico do equilíbrio ácido-básico do sangue é refletido no Excesso de Base ou Base Excess.
O PO2 baixo (hipoxemia) pode ser associado a baixo O₂ inspirado e hipoventilação alveolar e o PO2 alto (hiperoxemia) está associado a terapia excessiva.
Dependendo do tipo de via pela qual se extraia a amostra podemos encontrar gasometrias venosas, nas quais se obtém o sangue de uma veia; ou gasometrias arteriais, nas quais se recolhe o sangue de uma artéria, geralmente do pulso radial.
O exame de gasometria é solicitado quando há problemas respiratórios, como falta de ar ou alterações na frequência de respiração, e distúrbios metabólicos, que causam o desequilíbrio ácido-base no sangue.
A gasometria arterial é realizada por punção na artéria do braço ou perna do paciente. No entanto, a artéria radial tem prioridade para a coleta de sangue. Nesse caso, é preciso realizar a punção da pele e da parede da artéria seguindo seu trajeto.
Uma amostra de sangue de uma artéria é normalmente feita a partir do interior do punho (artéria radial), mas também pode ser retirada a partir de uma artéria na virilha (artéria femoral) ou do lado de dentro do braço acima da prega do cotovelo (artéria braquial).
1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.
Locais para a punção em ordem de preferência: artérias radiais, braquiais e femorais. Deve-se evitar a punção nas artérias femorais devido maior incidência de complicações (abscessos, fístulas arteriovenosas, etc); Nos casos de hematoma deve-se observar a evolução e manter curativo compressivo, se necessário.
A agulha utilizada deve ser com calibre de 25 x 6 ou então a agulha utilizada para a administração de insulina e seringas descartáveis.
A heparina é o anticoagulante de escolha da gasometria. O uso do sangue heparinizado não é indicado para realização de hemograma, pois altera a morfologia e coloração dos leucócitos com os corantes de rotina e ainda permite a formação de agregados plaquetários.
Insuficiência Renal, Hepática ou da Coagulação Não é necessário ajuste de dose de heparina na insuficiência renal, e hepática ou da coagulação, porém o tratamento com a heparina deve ser monitorado pelo médico através de exames laboratoriais de coagulação sanguínea.
Veja abaixo o que significa cada cor de tubo: Azul – possui citrato de sódio, que é utilizado com objetivo de estimular a coagulação. Vermelho – ativador de coágulo, por isso, objetiva acelerar a coagulação do sangue coletado. Amarelo – possui ativador de coágulo + gel.
Hemofol, para o que é indicado e para o que serve? A heparina é um anticoagulante utilizado para prevenir a formação de coágulos de sangue (trombos) que podem se formar no circuito do aparelho de hemodiálise.
A heparina é um anticoagulante de uso injetável, indicado para diminuir a capacidade de coagulação do sangue e ajudar no tratamento e prevenção da formação de coágulos que podem obstruir os vasos sanguíneos e causar coagulação intravascular disseminada, trombose venosa profunda ou derrame cerebral, por exemplo.
A heparina age como anticoagulante ao inibir a antitromboplastina, através da antitrombina e atua indiretamente sobre vários fatores ativados da coagulação, como a trombina (fator IIa).
Heparina Não-fracionada (HNF): Mecanismo de Ação: Inibe indiretamente a trombina por atuar como co-fator da antitrombina (AT), aumentando sua atividade e, consequentemente, seu efeito anticoagulante sob a trombina, o fator Xa, e, em menor grau, os fatores XII, XI e IXa.
A heparina não é absorvida por vias enterais. Após administração intravenosa o efeito ocorre imediatamente. Utilizando-se o tempo de ativação da coagulação como indicador de atividade da heparina, tem-se que 25,7% da atividade anticoagulante é perdida entre 2 e 20 minutos após dose em bolus.
Os anticoagulantes são medicamentos que impedem a formação de coágulos no sangue, porque bloqueiam a ação de substâncias que promovem a coagulação.