Jornalista esportivo e entusiasta dos Esportes Eletrônicos. Formado e pós-graduado na Universidade Católica de Pernambuco. Fã da cultura pop oriental e esportes norte-americanos.
O Brasil marcou um gol em cada tempo. Na etapa inicial, Paulinho abriu o placar para a Seleção. Já no segundo tempo, o zagueiro Thiago Silva decretou a vitória dos brasileiros na Rússia.
Depois de alguns jogos ficarem marcados pelo clima de biblioteca nesta Copa, a partida entre Brasil e Sérvia teve uma torcida bastante participativa. Com praticamente 70% do estádio, os brasileiros fizeram bem mais barulho e receberam bastante apoio de torcedores estrangeiros. Os sérvios tentaram reagir e gritaram bastante o nome do seu país e só conseguiam fazer mais barulho nas poucas vezes em que a sua seleção cruzava na área.
Com Vini Jr bastante acionado pela esquerda e Raphinha ajudando muito na marcação pela direita, o Brasil começou o jogo melhor e dando trabalho para a Sérvia. A equipe manteve a posse de bola em quase todo o tempo no campo de ataque, mas não conseguiu levar perigo o suficiente para arrancar o "uh" da torcida.
Com Neymar muito bem marcado (nove das 12 faltas da Sérvia foram nele), coube a Casemiro e Lucas Paquetá a ajuda na criação. O centroavante Richarlison tocou apenas 12 vezes na bola e ficou encaixotado na marcação.
De quatro treinos da seleção brasileira em Doha, três foram fechados. Tite e sua comissão técnica usaram a privacidade para ensaiar jogadas de bola parada que já foram usadas contra a Sérvia. Ainda no primeiro tempo, em apenas 30 minutos, foi possível observar novidades em dois momentos: um escanteio cobrado por Raphinha pela direita e uma falta tabelada entre Neymar e Raphinha na esquerda. Nas duas vezes, o Brasil tentou jogadas curtas de combinação para abrir espaço na defesa dos europeus em vez de levantamentos diretos na área.
Enquanto o Brasil confirmou a escalação ofensiva com apenas um volante, a Sérvia foi para o jogo com somente um atacante. O técnico Tite preparou formas de furar a retranca do rival, mas os primeiros 46 minutos foram de poucas oportunidades criadas.
Com menos de um minuto de jogo, o Brasil quase abriu o placar. Raphinha roubou a bola no campo de ataque, saiu cara a cara com o goleiro e bateu em cima dele. Neymar, do lado e sozinho, ficou desesperado por não receber o passe.
Uma das características que fizeram Raphinha ganhar muito espaço no Brasil foi a qualidade das suas finalizações. Além de ser rápido e driblador, ele impressionou a comissão técnica por sua qualidade na hora de chutar. Não à toa, mesmo em má fase no Barcelona, ele não perdeu espaço na Amarelinha. Hoje, no entanto, ele perdeu as melhores oportunidades brasileiras, sendo duas delas bem cara a cara com o goleiro adversário. O desperdício fez os brasileiros levarem a mão à cabeça.
A seleção brasileira continuou melhor e acertou a trave, com Alex Sandro, no 15º minuto. Aos 18, os sérvios não conseguiram mais resistir. Casemiro acionou Neymar, que cortou os marcadores e a bola sobrou para Vini Jr finalizar. No rebote do goleiro Vanja, Richarlison apareceu para empurrar. O Pombo estava sumido, mas esteve no lugar certo na hora certa. 1 a 0.
O melhor lance do primeiro tempo foi um quase gol olímpico de Neymar. Raphinha teve chance cara a cara, mas finalizou fraco. A Sérvia conseguiu conter o ímpeto brasileiro depois dos 20 minutos, mas estava claramente mais preocupada em não levar gols do que em abrir o placar. Alisson quase não tocou na bola.
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Aos 34 minutos de jogo, Neymar sentiu um problema no tornozelo direito e precisou ser substituído. O camisa 10, como mostrou as imagens de transmissão da Globo, chorou no banco de reservas enquanto recebia gelo no local.
A Sérvia fez substituições e buscou a reação, mas abriu os espaços que o Brasil precisava. Aos 27 minutos, Vini Jr cruzou, Richarlison não dominou bem e improvisou: um lindo voleio no canto do goleiro. Um golaço do Pombo que já havia sido ensaiado em um dos treinos na preparação em Turim, na Itália. Foi o fim da "maldição do 9".
SÉRVIA: Vanja Milinkovic-Savic; Milenkovic, Veljkovic e Pavlovic; Zivkovic (Radonjic), Gudelj (Ilic), Lukic (Lazovic) e Mladenovic (Vlahovic); Tadic, Sergej Milinkovic-Savic e Mitrovic (Maksimovic). Técnico: Dragan Stojkovic
O camisa 9 da seleção brasileira aproveitou jogada de Neymar, chute de Vini Jr e rebatida do goleiro Vanja para provar toda sua presença de área e abrir o placar. Depois, Vini Jr recebeu pela esquerda e serviu o Pombo, que viu a bola subir no domínio e não teve dúvidas: virou um voleio espetacular para ampliar e fechar a conta para o Brasil.
Assim como foi no Mundial da Rússia, a Sérvia estará no caminho do Brasil na Copa do Mundo Qatar 2022. A diferença é que dessa vez a Seleção Brasileira estreia contra os sérvios, enquanto em 2018 o confronto ocorreu na última rodada da fase de grupos. Os comandados de Tite venceram por 2 a 0, gols de Paulinho e Thiago Silva. A torcida é para que o resultado se repita, apesar das muitas mudanças em relação ao jogo de quatro anos atrás.
Com o resultado, o Brasil lidera o Grupo G por ter um saldo de gols maior do que a Suiça, que venceu hoje mais cedo a seleção de Camarões por 1 a 0. O time de Tite volta a campo na segunda-feira (28), às 13h (de Brasília), para enfrentar justamente os suíços.
Com o 2 a 0 no placar e as substituições com mais "perninhas rápidas" como Antony e Rodrygo no segundo tempo, o Brasil empilhou chances: Casemiro, Fred, Rodrygo... Todos puderam transformar a vitória em goleada, mas o placar terminou com o 2 a 0, com direito a "olé" no estádio com mais de 88 mil pessoas.