Bourdieu e Passeron. Pierre Bourdieu (1930-2002), filósofo francês de origem camponesa, foi professor universitário no “Collége de France”, tradicional e conceituada universidade localizada em Paris. ... Jean-Claude Passeron, também francês, foi professor de sociologia na “Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais”.
Pierre Bourdieu defende a concepção de que as representações sociais são influenciadas pelas ideias, valores, crenças e ideologias existentes anteriormente em uma sociedade, e que se fazem presentes na linguagem que utilizamos para nos comunicar, nas religiões e no chamado senso comum que compõem o habitus de cada ...
Habitus é um instrumento conceptual que auxilia a apreender uma certa homogeneidade nas disposições, nos gostos e preferências de grupos e/ou indivíduos produtos de uma mesma trajetória social. Assim o conceito consegue apreender o princípio de parte das disposições práticas normalmente vistas de maneira difusa.
Por isso a noção de habitus articula o individual e o coletivo. A noção de habitusengloba o corpo porque enquanto disposição passa a orientar as práticas corporais que traduzem uma maneira de ser no mundo. Para Bourdieu (2001, p.
Fica claro que o conceito de habitus, para os dois autores, é um conceito que liga o individual e o social, é aquilo que ainda não havia sido definido nem pela sociologia nem pela psicologia. A diferença está no que tange à historicidade. Para Elias, o habitus se constrói no processo histórico, num longo processo.
O habitus primário corresponde às disposições apreendidas na família, ou em círculos de socialização que ocorrem na infância. Este habitus é fortemente marcado pela posição social da família. O habitus secundário é adquirido em contextos mais especializados ou em grupos Page 10 específicos.
A escola é defendida como uma entidade socializadora que deve incorporar as diversas culturas, afim de que haja um ambiente sociável onde todos possam manifestar seus ideais sem medo de serem tachados como antiéticos e serem discriminados pela cultura que estes manifestam ou pertencem.
Por recursos ou poderes, Bourdieu entende mais especificamente o capital econômico (renda, salários, imóveis), o capital cultural (saberes e conhecimentos reconhecidos por diplomas e títulos), o capital social (relações sociais que podem ser revertidas em capital, relações que podem ser capitalizadas) e por fim, mas ...
Para Bourdieu, a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra. É nela que o legado econômico da família transforma-se em capital cultural. E este, segundo o sociólogo, está diretamente relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula.
A cultura se transforma em um instrumento de dominação. O processo de acumulação do capital cultural se inicia na infância. Pais diplomados, que tiveram contato com livros e a cultura em geral darão a seus filhos uma melhor formação. Por exemplo, esses pais colocarão o hábito da leitura em seus pequenos.
É o estoque de recursos naturais renováveis e não renováveis (por exemplo, plantas, animais, ar, água, solos, minerais) que quando combinados proporcionam benefícios às pessoas.
Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. Para Bourdieu, a violência simbólica é o meio de exercício do poder simbólico. ...