O Brasil possui 36.
SÃO PAULO - Passados 15 anos da lei que determinou uma reforma psiquiátrica no Brasil, o governo federal não trabalha com uma data-limite para a extinção dos manicômios, forma como ficaram conhecidos os hospitais psiquiátricos. Ainda existem no País 159, com 25.
O Brasil tem 15.
Os doentes mentais eram tratados como animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda as tinham.
Os tratamentos utilizados nos manicômios do século XIX incluíam o coma induzido e a lobotomia, por exemplo. Foi somente na primeira metade do século XXque essa situação começou a mudar, com o advento da psicofarmacologia.
Na maioria das vezes, os portadores de doenças mentais viviam confinados em hospitais psiquiátricos como o de Juqueri, em São Paulo, isolados de tudo e de todos, até a morte. Muitos eram submetidos à camisa de força e a técnicas violentas como a lobotomia e o eletrochoque.
Antigamente, os tratamentos usados com as pessoas que eram ditas loucas, eram muito cruéis e desumanos, e por isso ficaram marcadas na história. Torturas dos médicos com os pacientes e lendas de assombrações sobre manicômios são muito comuns, e são até inspiração para filmes e seriados.
Como os transtornos mentais foram vistos ao longo da humanidade. Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.
Terapia por choque insulínico Então Sakel descobriu que o tratamento era eficaz para pacientes com vários tipos de psicoses, particularmente a esquizofrenia.
O percurso histórico da psiquiatria no Brasil se iniciou com a criação dos primeiros manicômios na época da segunda guerra mundial. A maioria deles era destinada a substituir a cadeia pública, recinto que era utilizado para recolher os “alienados” das ruas, onde ficavam perambulando.
A diferença se dá no fato de que manicômio é um termo geral, usado no passado para se referir a qualquer hospital psiquiátrico. ... Enquanto os hospícios servem justamente para tratar os portadores.
Nesse tipo de tratamento, o paciente psiquiátrico é internado no hospital, onde recebe atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana em que ele poderá ter acesso a uma grade terapêutica e receber cuidados como: alimentação, medicação, terapia ocupacional, terapias com psiquiatras e psicólogos, inclusive, em ...
O primeiro foi o Asilo Pedro II, no Rio de Janeiro fundado em 1853. O Hospício São Pedro de Porto Alegre, hoje Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), foi inaugurado em 1884.
As instituições para loucos, ao decorrer da história, receberam diversas denominações tais como hospícios, asilos, manicômios, hospitais psiquiátricos; mas independente do nome como eram conhecidas, todas elas tinham a mesma finalidade: esconder o que não se desejava ser visto.
A necessidade da criação dos primeiros hospitais psiquiátricos no Brasil surgiu quase que exclusivamente com o objetivo de resolver um problema localizado em outro estabelecimento de assistência.
No Brasil, o primeiro manicômio/hospital psiquiátrico foi criado em 1852, nesse caso, o Hospício D. Pedro II na cidade do Rio de Janeiro.
18 de julho de 1841
O desenvolvimento da psiquiatra na Alemanha teve grande influência de Emil Kraepelin (1856-1926). Ele criou critérios diagnósticos, a partir de “aspectos essenciais”, para os transtornos mentais, desenvolvendo um sistema nosológico baseado no curso natural da doença.
No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria, propõe uma nova forma de tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios, destinados somente aos doentes mentais. Várias experiências e tratamentos são desenvolvidos e difundidos pela Europa.
O médico alemão Emil Kraepelin foi o primeiro a subdividir as Psicoses em dois grupos: A Psicose Maníaco-Depressiva e a Esquizofrenia. No caminho do grande desenvolvimento científico do século XIX, a medicina se firmou como uma ciência. A psiquiatria veio a se firmar como ciência médica algumas décadas mais tarde.
No final do século XVIII a medicina começa a perceber que os pacientes possuem comportamentos diferenciados é quando Philippe Pinel na França, propôs classificar os doentes, separando os desvios sociais das doenças, criando um ”tratamento moral” aos loucos que passaram a nova linguagem da nova especialidade que surgiam ...
A obra mais importante escrita por Pinel foi "Traité médico-philosophique sur l'aliénation mentale ou la manie". Pinel considerava emigrar para a América. Em 1784 ele se tornou editor da revista médica The Gazette de santé, um semanário de quatro páginas.
Phillipe Pinel foi o principal percussor do processo de mudança que possibilitou o surgimento do alienismo na sociedade moderna. Ele integrou a corrente que constituiu o saber psiquiátrico por meio da observação e análise sistemática dos fenômenos perceptíveis da doença.
Segundo Michel Foucault, em A história da loucura na idade clássica, ela tem origem na cultura árabe, datando o primeiro hospício conhecido do século VII. Os primeiros hospícios europeus são criados no século XV, quando da ocupação árabe da Espanha.
Basaglia trouxe com suas ideias essa noção de que outras formas de aprisionamento e silenciamento do sujeito existiriam. A exaltação do DSM, a indústria farmacêutica e o uso exacerbado de medicamentos; diagnósticos estranhos e a falta de diálogo; a psicopatologização de problemas sociais; tudo estaria vinculado.