As condições nos navios eram precárias, sem ventilação nos porões – onde passavam boa parte do tempo – nem higiene adequada. ... Para garantir o lucro do negócio do tráfico a superlotação foi constante nos navios negreiros. Nos porões eram separados: de um lado ficavam os homens e no outro as mulheres e as crianças.
Os navios negreiros tinham condições de higiene e segurança deploráveis, com muitos dos negros traficados falecendo durante a viagem devido às más condições. No século XVI, as embarcações não apresentavam padrões mínimos de higiene, o que fazia com que doenças se proliferassem nos tripulantes.
Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.
Existiam escravos que trabalhavam no campo, nas residências e nas cidades. Os do campo eram extremamente mal vestidos, e muitos não tinham contato direto com seu senhor, apenas com o feitor. Os escravos domésticos tinham roupas melhores e contato direto com o senhor e sua família.
Além disso, independentemente de quem foram os culpados pela escravidão, não há dúvidas de que os 4,9 milhões de africanos trazidos como escravos para o Brasil são as vítimas. Nenhum outro lugar do mundo recebeu tantos escravos. Em comparação, nos Estados Unidos, foram 389 mil.
História do Brasil Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos.