O que são sinais icônicos e arbitrários? Pode-se dizer que os sinais icônicos se configuram como uma categoria baseada na plasticidade, consistindo na capacidade de um signo poder representar de maneira pictórica ou figurativa o objeto tomado como referência.
São exemplos de sinais icônicos: CARRO, TELEFONE, CASA, BARCO.
Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários. LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em movimento. LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos).
Assim, têm-se em libras gestos que representam conceitos icônicos, tal como a representação de um telefone ou de uma casa facilmente compreensíveis por um falante oral. Mas têm-se também sinais arbitrários, tal como conversar, que não tem relação a representação de nenhum objeto, sendo portanto abstrato./span>
A cultura surda é o conjunto de características que tornam uma pessoa parte da comunidade surda ou do povo surdo, permitida principalmente pelo uso da língua de sinais. Logo, a cultura surda é colocada em oposição à cultura ouvinte, ou seja, o modo de ser e de se comunicar que é característico das pessoas que ouvem.
O ouvinte PRECISA se comunicar com o surdo e não somente o contrário. Isso significa que o ouvinte precisa atender e entender o surdo em qualquer ambiente por onde ele transite. Ser incluído no mundo do surdo./span>
Surdez: é considerado surdo todo aquele que tem total ausência da audição, ou seja, que não ouve nada. E é considerado parcialmente surdo todo aquele que a capacidade de ouvir, apesar de deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva./span>
O surdo percebe o mundo de forma diferenciada dos ouvintes, através de uma experiência visual e faz uso de uma linguagem especifica para isso, a língua de sinais. A língua de sinais é antes de tudo imagens do pensamento dos surdos e faz parte da experiência vivida da comunidade surda.
A abordagem mais indicada é a comunicação total. Esta considera o surdo com características diferentes do Oralismo, e por isso, defende a utilização de diversos recursos que possam tornar efetivo processo de comunicação entre os indivíduos./span>
Para o surdo, a aquisição da modalidade escrita representa a alfabetização em uma outra língua com diferenças sintáticas, morfológicas e fonéticas. Por isso, as irregularidades morfossintáticas identificadas na escrita dos indivíduos surdos coincidem com construções próprias da língua de sinais./span>
As pessoas que se aceitam enquanto surdas e que buscam adaptar-se ao mundo ouvinte à sua maneira, sem abrir mão de construir o conhecimento, de expressar suas opiniões, que querem estar ativas diante de questões simples ou mais complexas como a participação política, fazem questão de assumir a sua identidade surda./span>
As primeiras referências de pessoas surdas são encontradas no povo Hebreu, por meio da Lei Hebraica, na antiguidade. Naquela época, eles eram adorados como deuses, servindo de mediadores entre deuses e faraós do Egito. ... Já Santo Agostinho acreditava que a língua dos surdos era mais que gestos, era a fala deles./span>
Na Grécia, os surdos eram tratados como seres incompetentes e que por não possuírem uma linguagem, não eram capazes de raciocinar. Assim, não tinham direitos, eram marginalizados e muitas vezes condenados à morte. podiam comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceitos para a salvação da alma./span>
Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. ... Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua no Brasil./span>
Foi o abade francês Charles-Michel. Na metade do século XVIII, ele desenvolveu um sistema de sinais para alfabetizar crianças surdas que serviu de base para o método usado até hoje. Na época, as crianças com deficiências auditivas e na fala não eram alfabetizadas./span>
de 1880
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá, um grupo de pessoas, a maioria ouvintes, tomou a decisão que a língua oral seria utilizada na educação e no ensino de surdos, substituindo-a língua de sinais/gestuais (o comité do congresso era unicamente constituído por ...
Apesar do nome, o Congresso de Milão foi na verdade a primeira conferência internacional de educadores de surdos. Mais de 160 educadores e especialistas reuniram-se entre 6 e 11 de setembro de 1880 para discutir os rumos da educação das pessoas surdas. ... Durante o congresso foram ouvidos doze especialistas no assunto.
Em sua história, é importante o marco que foi o Congresso de Milão, 1880, em que educadores ouvintes de várias partes do mundo votaram a favor do método oralista e proibiram a utilização das línguas de sinais.