Nesse sentido, Freire defendeu em suas obras que o papel do professor era sobretudo de possibilitar a criação e a produção de conhecimento. Desse modo, o papel da escola seria de ensinar os estudantes a ler o mundo. A pedagogia freiriana é pautada em um pensamento pedagógico político.
"A importância do ato ao ler" (1981) "Ao falar de Língua Portuguesa, a obra me faz refletir sobre as possibilidades de se trabalhar com a leitura na sala de aula, bem como da necessidade de um olhar mais próximo das práticas sociais.
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Ele construiu uma concepção pedagógica que une uma visão humanista, relacionada com uma análise crítica da realidade e a um compromisso incondicional com os mais pobres. Em sua visão, a educação deveria estar voltada à construção de uma sociedade mais justa, democrática e respeitadora.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
Para Freire, o termo "bancário" significa que o professor vê o aluno como um banco, no qual deposita o conhecimento. Na prática, quer dizer que o aluno é como um cofre vazio em que o professor acrescenta fórmulas, letras e conhecimento científico até "enriquecer" o aluno.
Lutgardes Costa Freire
2 de maio de 1997
Essa concepção de conscientização proposta por Paulo Freire é provavelmente, hoje, a estratégia política revolucionária por excelência da esquerda católica na América Latina. Nascida de um católico, ela tem grande apelo nos meios católicos.
Movimento este que tem como criadores e influenciadores nomes como Henry Giroux, Michel Foucalt, Pierre Bourdieu, Ira Shor, Michel Apple, Antonio Gramsci, entre outros.
Resposta: Paulo Freire expressa que a escola deve ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, porque a escola é o espaço privilegiado para pensar.
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
"Freire sempre estava buscando se tornar mais humano, tornar possível que outros fossem mais humanos e, se acolhermos esta busca com tanto amor e determinação quanto ele, então uma maior medida de justiça e democracia estará ao alcance."
O trabalho do pernambucano Paulo Freire (1921-1997) rompeu com os padrões. Em 1963, época em que 40% da população adulta era analfabeta, ele realizou a famosa experiência em Angicos, no Rio Grande do Norte, em que se propôs a alfabetizar 300 adultos, cortadores de cana, em 40 horas de aula ao longo de 45 dias.
1962
2 de maio de 1997
Recife, Pernambuco, Brasil
O método. As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade e, assim, seleciona as palavras que servirão de base para as lições.
O método Paulo Freire de alfabetização é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização. Na etapa de investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.
O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi criado como fundação em dezembro de 1967, pela Lei nº 5.
O Mobral propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. O programa foi extinto em 1985 e substituído pelo Projeto Educar.