Artigo apresentado à FATEFFIR – Faculdade de Teologia Fides Reformata – Pólo de Jataí – Curso de Mestrado em Educação Holística, na disciplina O que é Educação, sob a orientação do professor Dr. Edson Caetano.
O que o faz levantar da cama todos os dias para trabalhar ou ir em busca de um emprego? Diferentemente do que muitos possam imaginar, o simples fato de garantir um salário não é a única motivação para que uma pessoa siga desempenhando suas funções diariamente. A busca pelo reconhecimento de nossa dedicação, nosso empenho e nossas competências também é um combustível muito importante.
Para que serve a educação? Essa questão foi a preocupação ao longo dos tempos em muitas nações. Isso porque a espécie humana, diferentemente dos animais, é capaz de inventar, de criar, de inventar coisas a partir de conhecimentos apreendidos. Ao longo dos anos os homens, no seu constante relacionamento, realizavam sempre diferentes obras, construções, o que passava a fazer parte do grande conteúdo humano, o conhecimento. Com a necessidade de garantir a permanência desses conhecimentos é que se criou a idéia de institucionalizar a escola como hoje ela é. Lógico que no começo não era nada disso, mas a idéia sempre foi a mesma, que era sistematizar uma atividade que garantisse o repasse dos conhecimentos sociais para a posteridade. Então, desse modo, entende-se que a educação é a guardiã das transformações sociais. É através dela que acontecem as mudanças em todos os campos de atuação, desde a política até aos avanços tecnológicos que são aplicados na medicina. Então como podemos responder a questão inicial? Para que serve a educação? Serve para ver a vida como ela é e para decidir como mudá-la a partir das circunstâncias de aprendizagem. A educação serve pra abrir os olhos, serve pra enxergar o mundo com maior “clareza”, pra exercitar os direitos humanos em plenitude e avançar como cidadão pleno, com caráter.
No Brasil, a educação formal é dividida em diversos níveis para se adequar ao que é ensinado e a fase de vida dos indivíduos. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a educação brasileira é dividida em:
No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo.
A questão "para que servem as escolas?" expressa tensões e conflitos de interesses na sociedade mais ampla. O autor ressalta que existe uma ligação entre desejos emancipatórios associados com a expansão da escolarização e a oportunidade das escolas em oferecer aos alunos a aquisição do "conhecimento poderoso". Discute a "diferenciação do conhecimento" como um modo de distinção entre conhecimento escolar e não-escolar. As formas contemporâneas de avaliação tendem a diluir as fronteiras entre conhecimento escolar e não-escolar, uma vez que inibem um currículo mais acessível e mais relevante economicamente. O autor baseia-se na análise de Bernstein para sugerir que seguir esse caminho pode equivaler a negar as condições para adquirir "conhecimento poderoso" para os alunos que já são desfavorecidos pelas suas condições sociais. Resolver essa tensão entre demandas políticas e realidades educacionais é uma das maiores questões educacionais do nosso tempo.
"A natureza do homem, na sua dupla estrutura corpórea e espiritual, cria condições especiais para a manutenção e transmissão da sua forma particular exige organizações físicas e espirituais, ao conjunto das quais damos o nome de educação. Na educação, como o homem a pratica, atua a mesma força vital, criadora e plástica, que espontaneamente impele todas as espécies vivas à conservação e à propagação de seu tipo. E nela, porém, que essa força atinge o seu mais alto grau de intensidade, através do esforço consciente do conhecimento e da vontade, dirigida para a consecução de um fim."
Todos os seres vivos existentes no mundo passam por um processo educativo. Isso ocorre com os animais, com as aves e demais seres. Estamos sempre vivendo e aprendendo como afirma (BRANDÃO, 2007, p. 07). “ninguém escapa da educação”. As pessoas, na sociedade, passam por diversas experiências de aprendizagem, nos diversos setores: em casa, no trabalho, na igreja, na escola e no clube. Vivenciam e passam por experiências para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar, para saber, para fazer, para conviver, ou para aparecer. As crianças, por exemplo, sentem necessidade de aprender e esta aprendizagem se inicia desde os primeiros anos de vida. Começa com as adaptações ambientais, e mais tarde passa para os aprimoramentos no relacionamento com os seres ao seu redor. Mas o objetivo disso tudo é socializar o indivíduo na sociedade por meio do ensino de hábitos, costumes e valores convencionados de forma consensual pela coletividade.
Neste texto serão apresentadas idéias acerca do tema educação. Numa linguagem bem simplificada buscou-se aqui responder a questionamentos levantados na aula da Disciplina “O que Educação”, do professor Dr. Edson Caetano, no curso de “Mestrado em Educação Holística” da Fateffir, curso realizado na cidade de Jataí-GO.
Apesar de ter discorrido um pouco sobre isso nas questões anteriores é bom que repita: a educação é importante porque é luz. Além de ser um mecanismo de preservação do legado de um povo é um meio para buscar o desenvolvimento intelectual do individuo e buscar o desenvolvimento da coletividade. A educação é a condição pras pessoas se desenvolverem, pras pessoas se comunicarem melhor, pras nações se auto-afirmarem enquanto desenvolvidas. Enfim, educação é o meio pelo qual podemos buscar melhorar a nossa vida em todos os aspectos.
(d) como o conhecimento especializado é tratado em termos pedagógicos. Em outras palavras, como ele é organizado ao longo do tempo, selecionado e seqüenciado para diferentes grupos de alunos.
Ao usar a palavra "conhecimento" em termos gerais, considero útil fazer uma distinção entre duas idéias: "conhecimento dos poderosos" e "conhecimento poderoso". O "conhecimento dos poderosos" é definido por quem detém o conhecimento. Historicamente e mesmo hoje em dia, quando pensamos na distribuição do acesso à universidade, aqueles com maior poder na sociedade são os que têm acesso a certos tipos de conhecimento; é a esse que eu chamo de "conhecimento dos poderosos". É compreensível que muitos críticos sociais do conhecimento escolar equiparem o conhecimento escolar e o currículo ao "conhecimento dos poderosos". Ele realmente o foi, depois que todas as classes altas no início do século xix dispensaram seus professores particulares e mandaram seus filhos para as escolas públicas para adquirir conhecimento poderoso (e também, é claro, para adquirir amigos poderosos). No entanto, o fato de que parte do conhecimento é o "conhecimento dos poderosos" ou conhecimento de alto status, como já expressei (Young, 1971; 1998), não nos diz nada sobre o conhecimento em si. Assim, precisamos de outro conceito, no enfoque do currículo, que chamarei de "conhecimento poderoso". Esse conceito não se refere a quem tem mais acesso ao conhecimento ou quem o legitima, embora ambas sejam questões importantes, mas refere-se ao que o conhecimento pode fazer, como, por exemplo, fornecer explicações confiáveis ou novas formas de se pensar a respeito do mundo. Era isso que os chartistas pleiteavam com seu slogan "conhecimento realmente útil". Também é isso que os pais esperam, mesmo que às vezes inconscientemente, ao fazerem sacrifícios para manter seus filhos na escola. Esperam que eles adquiram o conhecimento poderoso, que não é disponível em casa. O conhecimento poderoso nas sociedades modernas, no sentido em que usei o termo, é, cada vez mais, o conhecimento especializado. Assim, as escolas acabam precisando de professores com esse conhecimento especializado. Além disso, se o objetivo das escolas é "transmitir conhecimento poderoso", as relações professor-aluno acabam tendo características específicas em virtude desse objetivo. Por exemplo:
Provavelmente, você já se deparou com alguma vaga de emprego que tem como requisito mínimo o segundo grau completo ou em andamento — ou ouviu da própria empresa que o critério básico para crescer dentro dela é agregar conhecimentos atualizados ao trabalho. E é justamente disso que estamos falando quando reforçamos a importância da faculdade.
Sobre os outros questionamentos buscou-se fazer uma reflexão com os conhecimentos que foram adquiridos ao longo de alguns anos de magistério. O texto foi finalizado com a tentativa de mostrar o avanço que a educação conseguiu ao longo do tempo, enfatizando a sua importância no contexto social.
Existe ainda aquela forma que há o reconhecimento do estado, que é oferecida nas escolas, possui um currículo especifico, horários, conteúdos pré-estabelecidos, diplomas e muitos outros detalhes que lhe conferem a formalidade, é a educação formal. Do mesmo modo é também uma instituição antiga, visto que os antepassados a criaram para que de uma forma mais organizada pudessem repassar pra posteridade o conteúdo cultural do seu povo. Em quase todas as regiões do mundo as estruturas físicas das escolas são parecidas. Dependendo da condição econômica e da importância que o estado dá a ela a escola assume um aspecto diferenciado. Mas o cerne, o centro da sua existência, reside na preservação e garantia do legado cultural existente nas sociedades, além de serem pioneiras no que diz respeito ao desenvolvimento intelectual e tecnológico, se bem que em alguns países como o Brasil a escola formal hoje tem pelo menos meio século de atraso no que concerne o desenvolvimento tecnológico.
Professor do Instituto de Educação da Universidade de Londres e da Universidade de Bath. E-mail: [email protected]