A dor fisiológica é um reflexo protetor do organismo, para evitar uma injúria ou dano tecidual. ... O componente fisiológico da dor é chamado nocicepção, que consiste dos processos de transdução, transmissão e modulação de sinais neurais gerados em resposta a um estímulo nocivo externo.
A percepção dolorosa é um alerta de segurança do organismo, porém, depois de recebido o alerta pelo Sistema Nervoso Central (SNC) e interpretado, gerando reações de fuga ou ataque, a própria dor, aciona, ativa o Sistema Modulador que tem a finalidade de neutralizar a percepção dolorosa desagradável.
Na medula a transmissão do estímulo doloroso é feita de um neurônio a outro pelos interneurônios. A partir da medula o sinal de dor é transferido ao SNC (ANDRADE e BARROS, 2011).
Os mecanismos fisiológicos da dor envolvem conceitos de sensibilização periférica e neuroplasticidade na perpetuação da dor, com ação através de mediadores bioquímicos nas vias nociceptivas. Pode-se estabelecer correlações entre inflamação, dor e status psicológico.
A International Association for the Study of Pain (IASP), define dor como experiência sensorial e emocional desagradável, relacionada a dano tecidual real ou potencial, apresentando dois componentes: percepção dolorosa e a reatividade emocional a dor (IASP, 1986).
Podemos classificar as dores como:
A dor inflamatória das articulações se desenvolve quando uma cascata de citocinas inflamatórias ativa e sensibiliza as terminações nervosas periféricas. A dor inflamatória das articulações ocorre em diversas doenças.
A dor neuropática é uma sensação de incômodo evidente. Pode ser contínua (presente durante todo o tempo) ou intermitente (em crises, surgindo em horários intercalados). A intensidade da dor varia de fraca a intolerável, dependendo do estágio da doença e do grau de comprometimento dos nervos.
A obstrução do intestino delgado normalmente progride de uma dor intermitente em cólica, à dor mais constante quando ocorre distensão. Pode ocorrer ainda dor somática (resultante de isquemia transmural ou perfuração contígua ao peritôneo parietal) no final do curso de uma obstrução intestinal.