Para a fenomenologia, a epoché é a abstenção do pensamento ante a constância do “espetáculo do mundo”, ela é definida na Krisis-Schrift como uma “distância em relação às validações naturais ingênuas” (Husserl, 1989, p. 154).
Suspensão do juízo, também conhecida pelo termo grego epoché ou epokhé (εποχη), que significa 'colocar entre parênteses', é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou juízo. Opõe-se ao dogmatismo, em que se aceita uma proposição, suspendendo o termo.
Este termo é um conceito filosófico preciso. O termo foi mais tarde usado por Edmund Husserl, que defendeu que a consciência é sempre intencional. ... A intencionalidade distingue a propriedade do fenómeno mental: ser necessariamente dirigido para um objecto, seja real ou imaginário.
Bello (2005), partindo de uma leitura fenomenológica desse conceito, conforme proposto por Husserl, concebe a vivência como referindo-se a atos psíquicos pertencentes à estrutura própria de todo ser humano, tais como a percepção, a reflexão, a lembrança, a imaginação e a fantasia.
A redução eidética é a transição da atitude natural, na qual estamos direcionados a objetos materiais particulares, para a atitude eidética, na qual nos direcionamos para as essências.
A fenomenologia baseia-se na filosofia tradicional. Tem como preocupação central a descrição da realidade, é uma filosofia da vivência. ... O existencialismo fenomenológico considera cada ser único e dono do seu destino. Essa abordagem tem como base principal o sentido do ser.
Do pensamento humanista, escolhemos o conceito de auto-realização, da fenomenologia, o da intencionalidade da consciência, e da filosofia existencial o conceito de Existência. ... A ênfase sobre o ciclo da vida é outra característica da Psicologia Humanista.
“Que significa dizer que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiro existe, se encontra, surge no mundo, e que se define depois. O homem, tal como o existencialista o concebe, se não é definível, é porque de início ele não é nada. ... Tal é o primeiro princípio do existencialismo.
Assim, os existencialistas negam que haja algo como uma natureza humana - uma essência universal que cada indivíduo compartilhasse -, ou que esta essência fosse um atributo de Deus. ... Ao contrário, se a existência precede a essência, não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens.
Na filosofia existencialista, como o próprio nome diz, a existência humana é vista como o principal objeto dos pensamentos e teorias. ... A liberdade de escolha é vista pelos existencialistas como sendo um fenômeno gerador, pois ninguém além do próprio indivíduo é responsável pelo fracasso ou sucesso.
O existencialismo tornou-se popular nos anos após as guerras mundiais, como maneira de reafirmar a importância da liberdade e individualidade humana.
Dessa maneira, em Sartre, o nada é que torna possível tanto a experiência da liberdade como também a da angústia, ou seja, ao sentir-se como nada de ser, totalmente ancorado na liberdade de escolha o Para-si experimenta a angústia.
O filósofo lança mão então de dois conceitos centrais: Ser-em-si: é aquele que tem uma identidade definida, ou seja, são os objetos e as coisas. Faz parte também do ser humano, pois é o seu corpo; Ser-para-si: tem consciência de si, vive para si, mas não tem uma identidade definida.