Os palhaços tendem a se associar a situações infantis que produzem emoções positivas relacionadas com a diversão e o entretenimento. No entanto, também podem ser representados como uma figura que provoca terror. Esta percepção é a que apresentam as pessoas com coulrofobia, fobia de palhaço, as quais experimentam um autêntico terror e medo perante a imagem do palhaço. Neste artigo de Psicologia-Online, te explicamos tudo sobre a coulrofobia ou medo de palhaço: sintomas, causas e tratamento. Se você tem interesse em saber mais sobre o medo de palhaço, continue lendo este artigo!
Sendo assim, a especialista ressalta que a justificativa psicológica para esse pavor de palhaços está na imprevisibilidade. ”Padrões incomuns de contato visual fazem com que nossos detectores de medo sejam ativados. Portanto, tudo que sugere uma “ameaça” pode confrontar a incerteza inconsciente do ser humano”, diz.
É preciso que no transtorno fóbico simples, se especifique a tipologia de fobia do objeto ou a situação fóbica, que pode ser situacional, animal, ambiente natural, etc.
As causas da fobia de palhaços ou coulrofobia são multifatoriais. As fobias específicas podem se iniciar por fatores muito diferentes, mas geralmente se iniciam pela vivência de experiências, normalmente traumáticas, que causaram um medo irracional perante os palhaços a causa dos pensamentos irracionais que foram associados a eles. Estas experiências não devem ser necessariamente vivenciadas por si mesmo, podem ser observadas em outras pessoas. Por outro lado, estas crenças irracionais podem se ter estabelecido através de informações erradas transmitidas por outras pessoas, sem a necessidade de que a pessoa tenha vivido ou observado algo relacionado.
No tratamento das fobias, se recomenda o uso de técnicas de controle da ansiedade, devido aos elevados níveis que se apresentam. Algumas técnicas para encarar a ansiedade poderiam ser as técnicas de relaxamento ou de respiração, como a respiração diafragmática ou a técnica de relaxação de Jacobson.
Referência: CNN Brasil
“As características físicas altamente incomuns do palhaço – a peruca, o nariz vermelho, a maquiagem, a roupa estranha – também contribuem para aumentar a incerteza do que o palhaço pode fazer a seguir”, explica a psicanalista.
A boa notícia é que existe cura para esse tipo de fobia e os sintomas podem ser controlados. Sendo assim, o tratamento é feito através da psicoterapia, onde o terapeuta poderá ajudar a entender quais os gatilhos são ativados quando esse pavor se instala.
“Com ferramentas específicas, o terapeuta, auxilia na busca destas respostas. O objetivo é eliminar a sensação de desconforto e fortalecer a autoestima, além de trabalhar os mecanismos de defesa, para que essa pessoa possa assistir um espetáculo circense sem qualquer desconforto evidente”, finaliza Dra. Andrea.
Mesmo que o estímulo fóbico seja distinto nas diferentes formas de apresentação das fobias simples, os sintomas associados ao transtorno de fobia específica são os mesmos. Portanto, os sintomas de coulrofobia ou medo de palhaço são os seguintes:
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
De acordo com a psicanalista Dra. Andrea Ladislau, historicamente, a fama de que o palhaço pode ter uma personalidade psicopática, fria e que causa medo, tem uma explicação: “remonta de relatos de que alguns criminosos nos Estados Unidos, Serial Killers, utilizavam o disfarce de palhaço para praticar seus crimes.”
Para o tratamento da coulrofobia ou fobia de palhaços é recomendado utilizar a terapia cognitivo-comportamental. Qualquer intervenção considerada eficaz no tratamento das fobias específicas deve incluir a técnica de exposição, devido a que permite uma habituação ao estímulo fóbico. Para a sua execução, a pessoa que padece da fobia a palhaços estabelece um conjunto de hierarquias situacionais junto ao terapeuta, as quais deve enfrentar de forma escalonada de menor a maior intensidade. A exposição pode se realizar “in vivo” ou “em imaginação”, isto é, pode se realizar a exposição na realidade ou imaginando. Por exemplo, para uma pessoa que tenha medo de elevadores, o objetivo final será subir em um elevador real ou “em imaginação”, onde se pede à pessoa que imagine a hierarquia negociada.
Por outro lado, devemos ter em conta que os pensamentos desempenham um papel fundamental nos transtornos fóbicos, uma vez que se estabelece um conjunto de pensamentos irracionais em torno do estímulo fóbico. Por isso, é recomendado usar a restruturação cognitiva com o objetivo de reestruturar estes pensamentos negativos associados à situação ou objeto fóbico a outros mais adaptados à realidade e saudáveis.
O medo de palhaço é chamado de coulrofobia e faz parte dos denominados transtornos de ansiedade. Nomeadamente, dentro das fobias específicas ou simples. As fobias simples se caracterizam por um medo irracional e intenso perante um objeto ou situação, neste caso de palhaços, mediado por pensamentos irracionais associados a este estímulo fóbico. As fobias específicas partilham três componentes: a ativação do nosso sistema, os pensamentos catastróficos ou ansiosos, e os comportamentos esquivos. Explicam-se a seguir:
Provavelmente você conhece alguém que tem medo das caras pintadas e do nariz vermelho. Uma pesquisa feita pela empresa Morning Consult em parceria com o site Vox, em 2016, contou com a participação de 1.999 pessoas de 18 a 65 anos. Dessa maneira, os resultados mostraram que 8% afirmaram ter muito medo de palhaços, 14% disseram ter certo medo e 20%, pouco medo.
Ou seja, quando uma pessoa que tem coulrofobia vê um palhaço, o sensor de de autovigilância é ativado e, consequentemente, estimula o aparecimento de sentimentos e sensações desagradáveis.
Os sintomas da coulrofobia – assim como outros tipos de fobia – incluem sinais de uma crise de ansiedade ao ver um palhaço. Portanto, veja os mais comuns: