A aterosclerose é uma doença crônica caracterizada por um grande processo inflamatório que acontece devido à acumulação de placas de gordura no interior dos vasos ao longo dos anos, o que acaba por resultar no bloqueio do fluxo sanguíneo e favorecer a ocorrência de complicações, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
O coração bombeia o sangue para o corpo por uma complexa rede de artérias. Com exceção das artérias coronárias, que nutrem o próprio coração, a maioria das artérias transporta sangue rico em oxigênio para fora do coração. No sangue circulam glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, nutrientes e outras substâncias de sustentação da vida. O colesterol e outras substâncias gordurosas também circulam no sangue. Com o passar do tempo, essas substâncias podem se depositar nas paredes das artérias, um quadro clínico denominado aterosclerose. O colesterol depositado, ou placa, pode acumular-se com o tempo, causando o endurecimento e estreitamento de paredes arteriais que normalmente são lisas. Quando as paredes da artéria se tornam estreitadas e endurecidas, o fluxo de sangue fica restrito. À medida que a placa se acumula, a massa acumulada pode ficar instável e se desprender ou se “romper”. Um quadro clínico chamado trombose surge quando o sangue começa a coagular, ou formar grumos, no local da ruptura, semelhante à forma como o sangue coagula para parar o sangramento de um corte. O bloqueio, ou trombo, pode crescer, restringindo ainda mais o fluxo de sangue. Também há risco de o trombo se desprender do local e se deslocar pelas artérias. O bloqueio causado por um trombo pode trazer risco à vida. Um bloqueio nas artérias coronárias pode causar um ataque cardíaco, enquanto um bloqueio em uma artéria cerebral pode causar um acidente vascular cerebral. A obstrução de uma das artérias principais do corpo pode impedir o fluxo de sangue para uma extremidade ou órgão, causando dor e lesão tecidual na área.
4. Willeit P, Kiechl S, Kronenberg F, et al: Discrimination and net reclassification of cardiovascular risk with lipoprotein(a): prospective 15-year outcomes in the Bruneck Study. J Am Coll Cardiol 64: 851–860, 2014. doi: 10.1016/j.jacc.2014.03.061
Arteriolosclerose significa endurecimento das arteríolas, que são pequenas artérias. Ela afeta principalmente as camadas internas e intermediárias das paredes das arteríolas. As paredes engrossam, estreitando as arteríolas. Como resultado, os órgãos abastecidos pelas arteríolas afetadas não recebem sangue suficiente. Os rins são afetados frequentemente. Esse distúrbio ocorre principalmente em pessoas que têm hipertensão arterial ou diabetes. Qualquer uma destas doenças pode afetar as paredes de arteríolas, resultando em espessamento.
Ter histórico familiar de aterosclerose precoce (ou seja, ter um parente próximo do sexo masculino que desenvolveu a doença antes dos 55 anos ou uma parente próxima que desenvolveu a doença antes dos 65 anos)
4. Thanassoulis, G, Campbell CY, Owens DS, et al for the CHARGE Extracoronary Calcium Working Group: Genetic associations with valvular calcification and aortic stenosis. N Engl J Med 368: 503–512, 2013.
O risco também costuma ser maior para hipertensos, diabéticos e pessoas com colesterol LDL elevado ou HDL reduzido. Assim, é possível perceber que a prevenção da aterosclerose é possível diante de uma mudança de costumes e atitudes.
Muitas variantes genéticascomuns e raras (p. ex., próximo do lócus 9p21, genes LPA e LDLR) foram fortemente associadas à aterosclerose e a eventos cardiovasculares. Embora cada variante tenha um efeito pequeno individualmente, os classificações de risco genético que somam o número total de variantes de risco mostraram estar fortemente associados à aterosclerose mais avançada, bem como eventos cardiovasculares primários e recorrentes
Manter uma dieta saudável pode ajudar a diminuir o risco de aterosclerose. No entanto, é menos claro se a suplementação da dieta com vitaminas, fitoquímicos, minerais traço ou coenzima Q10 também ajude a reduzir o risco.
Fumar pode danificar as paredes das artérias, fazendo com que fiquem mais estreitas e menos elásticas. Além disso, fumar também diminui a capacidade do sangue de transportar oxigênio para o corpo, o que aumenta as chances de um coágulo se formar.
Em pessoas que têm alguns fatores de risco para aterosclerose, mas não apresentam sintomas, os médicos costumam realizar exames de sangue para medir os níveis de glicose, colesterol e triglicérides no sangue. Os médicos também costumam fazer esses testes como parte do exame anual de rotina em adultos.
1. Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al: 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA Guideline on the Management of Blood Cholesterol: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation 139(25):e1082–e143, 2019.
A aterosclerose pode afetar as artérias de médio e grande porte do cérebro, coração, rins, outros órgãos vitais e pernas. Trata-se do tipo mais importante e mais comum de arteriosclerose.
Arteriosclerose, que significa endurecimento (esclerose) das artérias, é um termo geral para várias doenças em que a parede de uma artéria torna-se mais espessa e menos elástica. Existem três tipos:
Há também suporte para o uso de estatinas em pacientes com outros fatores de risco, incluindo história familiar de doença cardiovascular arteriosclerótica precoce (isto é, idade de início < 55 em parentes de 1º grau do sexo masculino ou < 65 em parentes de 1º grau do sexo feminino), proteína C-reativa de alta sensibilidade ≥ 2 mg/L (19,05 nmol/L), classificação de cálcio na artéria coronária ≥ 300 unidades de Agatston (ou ≥ 75º percentil para a demografia do paciente), índice de pressão arterial tornozelo-braquial < 0,9, ou doença renal crônica não tratada com diálise ou transplante de rim.
A imunocintilografia é uma alternativa não invasiva que usa traçadores radioativos para localizar placas vulneráveis. Exame de imagem do tipo positron emission tomography (PET) da vasculatura é outra abordagem emergente para avaliar placa vulnerável.
1. Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, et al: Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): case-control study. Lancet 364: 937–952, 2004.
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Os fármacos antiplaquetários orais são essenciais porque a maioria das complicações resulta de fissura ou ruptura da placa, ocasionando ativação plaquetária e trombose. As seguintes fármacos são utilizados: