Os objetivos de um atendimento psiquiátrico emergencial são a estabilização do quadro, a exclusão de uma causa orgânica e o encaminhamento a um serviço capaz de dar sequência.
As urgências e emergências psiquiátricas podem ser definidas como: “qualquer alteração de natureza psiquiátrica em que ocorram alterações do estado mental, as quais resultam em risco atual e significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou para terceiros, necessitando de intervenção terapêutica imediata.” ( ...
Muitas são as emergências relacionadas a episódios decorrentes de distúrbios mentais, principalmente a esquizofrenia, os ataques de pânico e a mania depressiva. Devido à relação intrínseca entre os desajustes psíquicos e as relações sociais, essas situações exigem uma intervenção médica imediata.
Sendo considerada uma emergência condições que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Já a urgência, é uma ocorrência imprevista com ou sem risco potencial à vida, onde o indivíduo necessita de assistência médica imediata.
A crise na saúde mental caracteriza-se como um momento no qual o sofrimento é muito intenso gerando uma desestruturação não somente na vida psíquica e social do indivíduo, mas também na sua família, sendo caracterizada por distúrbios de pensamento, emocional e comportamental.
“Os surtos mais comuns dos pacientes com esquizofrenia são caracterizados por agitação psicomotora, comportamento desorganizado e alterações de sensopercepção, como alucinações e delírios”, afirma a psiquiatra Cristiane Lopes.
Trata-se de um transtorno mental crônico e grave que afeta o modo como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Provoca alterações no comportamento, indiferença afetiva, pensamentos confusos e dificuldades para se relacionar com pessoas. Pessoas com esquizofrenia podem parecer que perderam o contato com a realidade.