Edgar Morin, considerado um dos maiores pensadores vivos, defende que apenas com esta mudança de paradigma no ensino as pessoas serão "capazes de compreender e enfrentar os problemas fundamentais da humanidade, cada vez mais complexos e globais".
Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; e A ética do gênero humano - constituem eixos e, ao mesmo tempo, ...
Essencialmente, a teoria de Morin baseia-se na crítica ao que ele considera os três pilares da ciência moderna: a ordem, a separabilidade e as lógicas indutiva e dedutiva. A busca da ordem sempre foi o interesse principal da ciência. Quando desconhecemos como algo funciona, aquilo é caótico para nós.
Resposta: Através do pensamento complexo, Morin procura restituir um "conhecimento que se encontra adormecido", reagrupando unidade e diversidade. ... O pensador francês propõe a hierarquização e a organização do saber no pensamento contemporâneo.
O pensamento complexo integra os modos de pensar, opondo-os ao reducionismo. É uma atividade mental que procura integrar os modos de pensar linear e sistêmico. A grande questão é combinar a simplicidade com a complexidade, exercitando a contextualização.
Morin defende o pensamento integral, pois ele permite ao homem concretizar uma meditação mais pontual; a pedagogia atua, porém, com seu radical fracionamento do saber, e leva o indivíduo a entender o universo em que vive de forma facciosa, sem conexão com o universal.
No texto “Os Olimpianos” , se referem os seres midiáticos, onde os artistas em geral são uma construção do parâmetro do capitalismo. A mídia, com frequência , recorre á opinião dos olimpianos para os mais diversos assuntos, suas opiniões são registradas e compartilhadas com os mortais comuns.
O que é preciso mudar no ensino para que o nosso planeta, ou a nave, entre em órbita? Um dos principais objetivos da educação é ensinar valores. E esses são incorporados pela criança desde muito cedo. É preciso mostrar a ela como compreender a si mesma para que possa compreender os outros e a humanidade em geral.
Em entrevista, o pensador critica o modelo ocidental de ensino que, segundo ele, separa os conhecimentos artificialmente através das disciplinas. Para Morin, as disciplinas fechadas ensinam o aluno a ser um indivíduo adaptado à sociedade, mas impedem a compreensão dos problemas do mundo e de si mesmo.
Para Morin, existe uma relação direta entre o número de eventos e a capacidade que um sistema tem de absorvê-los e, por meio da auto-organização, evoluir. Assim sendo, um sistema é tão ou mais complexo quanto maior for sua capacidade de absorção desses eventos.
Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de julho de 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita. Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). ... Durante a Segunda Guerra Mundial, participou da Resistência Francesa.
Edgar Morin - Edgar Morin: "É preciso ensinar a compreensão humana" | Fronteiras do Pensamento.
A compreensão humana identifica ao mesmo tempo a semelhança de si e a diferença de si, semelhança como espécie e diferença devido à singularidade e cultura de cada indivíduo (MORIN, 2015). Reconhecer o outro com qualidade é um princípio inerente à condição humana de convívio entre as pessoas.
Os Sete Saberes indispensáveis enunciados por Morin — As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compre- ensão; e A ética do gênero humano — constituem eixos e, ao mesmo tempo, ...
Ensinar a identidade terrena é o quarto ponto e refere-se a abordar as relações humanas de um ponto de vista global. O tópico seguinte é enfrentar as incertezas com base nos aportes recentes das ciências. O aprendizado da compreensão, sexto item, pede uma reforma de mentalidades para superar males como o racismo.
O “conhecimento pertinente” visa assinalar aquele saber resultante de uma reforma paradigmática, aquele saber que nos permita operar os princípios organizadores do conhecimento complexo a partir da compreensão da complexidade das informações no contexto em que se inserem.
A complexidade e suas implicações são as bases do denominado pensamento complexo de Edgar Morin, que vê o mundo como um todo indissociável e propõe uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a construção do conhecimento. Contrapõe-se à causalidade linear por abordar os fenômenos como totalidade orgânica.
Morin constrói a partir da derrocada do modelo iluminista do fracionamento da realidade para entendê-la, um método que procura elucidar a profundidade do pensamento complexo, a possibilidade de um conhecimento polissêmico, um feixe, inter, multi e transdiciplinar. ...
Para Vesterby (2008), a complexidade organizacional representa a quantidade e a diversidade de componentes e relações que, juntas, constituem um padrão de organização. Segundo o autor, é necessário aprender a medir e a gerenciar a complexidade organizacional.
O problema da complexidade social era considerado por Niklas Luhmann uma questão fundamental da sociologia. Sua Teoria dos Sistemas Sociais visa, no fundo, explicar de que forma lida a humanidade com esse problema que cresce desde o advento da modernidade.
O Hologramático: esse princípio indica que, como em um holograma, cada parte contém praticamente a totalidade da informação do objeto representado; em qualquer organização complexa, não só a parte encontra-se no todo, mas o todo encontra-se igualmente na parte.
Paris, França
99 anos (8 de julho de 1921)
A incerteza, sob o olhar da complexidade, é uma variável a ser ponderada no processo de construção do conhecimento. Ela é produto da compreensão complexa, ou seja, a dimen- são/compreensão da complexidade apresen- ta-se em forma de uma dialogia entre incer- teza e compreensão complexa.
Incerteza é um termo usado, com diversos significados, em muitos campos, incluindo filosofia, física, estatística, economia e finanças, psicologia. Pode referir-se a uma situação em que não se pode prever exatamente o resultado de uma ação ou o efeito de uma condição.