Willian Stokoe propôs o termo “quirologia” (do grego mão), para marcar a diferença entre o sistema linguístico da língua oral e da língua visual-espacial. Entretanto, na edição posterior de sua obra (1978), os termos “fonema” e “fonologia” foram utilizados para a produção linguística visual-espacial.
Para Stokoe, os sinais são constituídos de fonemas estruturados e produzidos simultaneaneamente, fato que os distingue, portanto, dos signos das línguas orais, nos quais a sua estruturação e produção são baseadas na seqüencialidade.
As línguas de sinais são denominadas línguas de modalidade gestual-visual (ou espaço-visual), pois a informação lingüística é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos.
A comunicação dos surdos não se desenvolve simplesmente por mera si- nalização ou gesticulação, mas por meio de uma Língua Gestual, conhecida como Língua de Sinais (LS). ... A LS é a língua natural dos surdos e apresenta estrutura e re- gras gramaticais próprias.
Embora existam aspectos universais, pelos quais se regem todas as línguas de sinais, a comunicação visual dos Surdos não é universal. As línguas de sinais não seguem a ordem e estrutura frásicas das línguas orais.
O fenômeno iconicidade, segundo Jeremias (2018, p. 39), tem sido tradicionalmente apresentado como “um tipo de convencionalização entre os sinais e os significados que eles representam”. O emprego do termo tradicionalmente remete à arbitrariedade do signo linguístico, na perspectiva do pensamento saussuriano.